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Sistema de Gestão da Qualidade tipo Frankestein


Autor: Eng. Júlio Carvalho - Especialista em Gestão da Qualidade e Projetos


O que realmente importa sobre a qualidade? Já parou para analisar além das normas e boas práticas?


Hoje resolvi tirar um tempinho para refletir um pouco sobre a qualidade e o que ela pode representar no sistema de gestão de uma empresa.


O que realmente importa num sistema de gestão corporativo? A norma ISO9000? Os processos? Os procedimentos? A inexistência de falhas?


São muitas variáveis a serem consideradas, porém muitas vezes nos deixamos levar pela busca da "melhoria contínua", nos cegando para o que realmente precisa ser notado, ou seja, nossas tarefas básicas do dia a dia. Pois de nada adianta melhorarmos algo sem uma base sólida e sem fundamento.


Um sistema de gestão construído sem uma base sólida é como construir uma casa sem alicerce. Não para em pé! Pode desmoronar a qualquer momento.


Acho que isso é culpa do famigerado Ctrl+C e Ctrl+V que nos deixou preguiçosos o suficiente para não pensar num sistema de gestão implementado adequado a realidade da organização. Não posso deixar de concordar que é irracional desprezar a experiência e os atalhos para se chegar num determinado objetivo, porém é preciso termos em mente uma busca de conhecimento ativo e não passivo quando buscamos soluções preexistentes pertinentes, não basta copiar o formulário ou o procedimento, precisamos realmente é analisar a realidade da organização frente aquela solução preexistente e então aprimorá-la, adaptá-la a realidade da empresa. Por que digo isso? Porque por vezes observamos sistemas de gestão do tipo Frankestein, Ctrl+C e Ctrl+V de partes de sistemas de gestão de outras realidades e empresa bem diferentes do vivenciado no dia a dia.


Pois a vontade de encontrar a solução mais rápida nem sempre é a mais adequada. Isso é muito perigoso olhando da perspectiva estratégica do negócio, pois dessa forma é que as organizações absorvem atividades que muitas vezes mais prejudicam do que auxiliam no trabalho, dando força para o maior inimigo de uma gestão eficaz, a burocracia.


O que mais corrompe um sistema de gestão é a burocracia ineficiente.

Mas o que é a burocracia ineficiente num sistema de gestão? Já ouviu falar sobre o que é obrigatório e o que é necessário? Burocracia é isso, obrigar-se a fazer o desnecessário e deixar de fazer o que realmente é importante, e isso não se aplica somente ao mundo corporativo, está presente em quase tudo, por isso devemos estar atentos aos sinais de burocracia demasiada em nossa rotina.


Precisamos deixar de olhar para fora e começar a olhar para dentro. Identificar o que realmente é importante e necessário no dia a dia, desburocratizar para ser eficiente, fazer com excelência o básico e então o próximo passo virá a melhoria contínua naturalmente. Abandone o sistema engessado e procure um sistema com fluidez nos processos.


Estes são os primeiros degraus da escada chamada maturidade do sistema de gestão.

Por isso como gestores devemos implementar um sistema de gestão que seja orgânico e único, direcionado para que seja um diferencial competitivo na criação da estratégia do negócio e na estruturação da cultura organizacional. Para isso é preciso consolidar-se com um time forte, preparado e engajado, com qualidades e competências complementares.

O sistema de gestão ou procedimentos devem ser o retrato dos processos e não ao contrário.


A realidade que a atualização da norma ISO9001 trouxe, foi que muitas organizações não estavam preparados o suficiente para assumir a grande responsabilidade de se autocriticarem e decidirem o que realmente seria obrigatório ou necessário para si mesmos. A desobrigação de certos requisitos da norma fez com que se descumprissem requisitos antes obrigatórios e hoje não mais, porém inquestionavelmente necessários.


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